Foto: Reprodução / Agenda Capital
Após a deflagração da Operação "Canaã - A Colheita Final",
auditores-fiscais do Ministério do Trabalho iniciaram vistorias em
locais onde as vítimas seriam mantidas em situação análoga à escravidão.
A partir desta quarta-feira (7), cerca de 30 equipes vão fiscalizar 10
casas comunitárias, 20 estabelecimentos comerciais e nove fazendas em
São Paulo, em Minas Gerais e na Bahia. Até o final desta semana,
auditores-fiscais vão verificar a documentação dos trabalhadores
explorados pela seita religiosa Igreja Cristã Traduzindo o Verbo, que
antes era chamada de "Comunidade Evangélica Jesus, a verdade que marca".
De acordo com o coordenador da operação, o auditor-fiscal Marcelo
Campos, o relatório com a caracterização do trabalho escravo e
informações trabalhistas das vítimas deve ser concluído até o final
deste mês de fevereiro. O documento vai servir de base para a ação penal
movida pela Justiça Federal contra os líderes da organização criminosa.
No caso da Bahia, os municípios de Ibotirama, Luís Eduardo Magalhães,
Wanderley e Barra possuem casas comunitárias que estavam sendo
implantadas como expansão da seita (saiba mais aqui).
Segundo o Ministério do Trabalho, nos casos em que for confirmado o
trabalho escravo, os auditores-fiscais farão os cálculos dos direitos
trabalhistas, que deverão ser pagos pelas empresas criadas pela seita
retroativamente, desde a data em que os trabalhadores começaram a
prestar os serviços até o dia de início da operação.
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