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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Falta de blocos com corda deixa 10 mil cordeiros sem trabalho no Carnaval de Salvador


por Ana Cely Lopes
Falta de blocos com corda deixa 10 mil cordeiros sem trabalho no Carnaval de Salvador
Foto: Eduardo Freire/ G1
Com a diminuição de blocos com cordas que vão desfilar nos circuitos soteropolitanos do Carnaval (leia aqui), a quantidade de cordeiros necessários para atender o evento também sofreu uma baixa vertiginosa. Dos 50 mil cordeiros que trabalharam no Carnaval de Salvador em 2014, apenas 25 mil foram contratados no ano passado e, em 2018, a previsão é que um número entre 10 e 15 mil cordeiros consigam trabalho temporário na maior festa de rua do mundo. "Hoje não há previsão de onde alocar esse pessoal. Há uma fragilização e perda de postos de trabalho temporário não só para os cordeiros, mas também para toda a cadeia produtiva que atua na festa, como seguranças, funcionários de apoio no trio, etc", explicou o presidente do Sindicato dos Cordeiros do Estado da Bahia (Sindicorda), Matias Silva. Segundo ele, não basta reinventar o Carnaval e baixar as cordas, mas também é necessário discutir como é que ficam os trabalhadores temporários. "O sindicato está negociando com a prefeitura a possibilidade de qualificar os cordeiros a partir de 2019 para que eles possam trabalhar em vários eventos durante o verão e também no apoio nos trios independentes", falou o diretor do Sindicorda, Matheus Silva. Em reuniões para negociação das diárias dos blocos, o sindicato informou ao Bahia Notícias que chegou ao valor mínimo de R$ 51, incluindo o transporte. Além do pagamento, os cordeiros são assistidos por termo de Ajuste de Conduta (TAC) permanente firmado no Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2017. O documento garante direitos como obrigação de fornecimento de água, lanches e de equipamentos de proteção individual, além do registro de contrato temporário de trabalho, com recolhimento ao INSS ou seguro privado para o caso de acidentes. À frente da medida, a procuradora Andréa Tannus Freitas declarou em nota que o TAC simplifica a relação entre entidades carnavalescas e trabalhadores. "O TAC apenas esclarece o que está na lei e a lei vale para todos, por isso todos os blocos, mesmo os que não assinaram o documento, têm obrigação de cumprir suas cláusulas, sob pena de sofrerem ações na Justiça do Trabalho”, afirmou.

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