Foto: TV Globo / Reprodução / Arquivo
Depois de transformar o habeas corpus do italiano Cesare Battisti
em reclamação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux,
decidiu que vai ouvir o presidente Michel Temer (PMDB) sobre o caso.
Nesta situação, o processo vai tramitar de forma mais lenta, já que as
partes interessadas deverão ser ouvidas antes de uma decisão final.
Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo,
Temer tem pressa em extraditar Battisti, porém a liminar determinada
pelo magistrado, na terça-feira (31), contraria essa vontade. Conhecido
como ex-militante de extrema esquerda e escritor de romances policiais,
Battisti foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos entre
1977 e 1979 – ele nega os crimes. Depois de exílios e prisões em outros
países, em 2007, ele foi detido no Rio de Janeiro até que a Justiça
brasileira lhe concedeu refúgio político. Meses depois, o STF reviu a
determinação e repassou a decisão para o então presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), que defendeu o refúgio, em 2010. De acordo com o
jornal, sete anos depois, o italiano foi preso em Corumbá, no Mato
Grosso do Sul, ao tentar transportar cerca de R$ 23 mil não declarados
na fronteira com a Bolívia. Diante disso, o ministro da Justiça,
Torquato Jardim, concluiu que Battisti quebrou a confiança do Brasil e
Temer decidiu extraditá-lo.
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