O presidente estadual do
PCdoB na Bahia, deputado federal Davidson Magalhães, comemorou a
decisão do Comitê Central do Partido, anunciada no último domingo
(05/11), de lançar a deputada gaúcha Manuela D’Àvila pré-candidata a
presidenta da República.
Na avaliação de Davidson, a pré-candidatura comunista é uma necessidade da atual conjuntura política.
Segundo ele, o PCdoB
está legitimado a ‘sentar na mesa dos debates’ porque tem um projeto de
enfrentamento aos retrocessos e de retomada do desenvolvimento no
Brasil. “Nós estamos em uma conjuntura de incertezas, em que nós estamos
enfrentando uma agenda regressiva […] Uma verdadeira ofensiva
neocolonialista. Nós precisamos resistir a essa agenda”, disse.
Davidson Magalhães
também rebateu as críticas sobre uma possível dispersão da esquerda, com
a pré-candidatura do PCdoB. “A dispersão da esquerda só vai ocorrer se
não tivermos uma unidade das candidaturas. Nós estamos em uma fase de
pré-candidaturas. Com todo respeito ao PT e aos outros partidos, ninguém
pode falar sozinho em nome da esquerda. Nós temos nossas opiniões,
temos nossas posições e é nesse sentido que queremos contribuir”,
garantiu.
O PCdoB permanece com a
defesa da unidade nas eleições de 2018 e essa é, inclusive, um dos
principais pontos do 14º Congresso, que acontece em Brasília, entre os
próximos dias 17 e 19 de novembro. “O PCdoB é o partido que mais tem
ajudado na construção da unidade política das forças progressistas e a
candidatura de Manuela vem se somar a esse esforço. […] A construção
política dessa unidade passa, nesse momento, pelo PCdoB ter mais
protagonismo”.
O presidente do PCdoB-BA
ainda criticou ‘exclusivismos’ na esquerda. “Vários partidos já têm
seus candidatos, como o PT, o PDT, entre outros. É nesse contexto de
ajudar no debate e de expor as ideias do PCdoB, e, dentro desse
movimento, ajudar na construção da unidade. […]. A nossa voz e o nosso
pensamento não vão vir pela boca de outro partido, mas pelo protagonismo
e luta que nós temos”.
Lula candidato
Sobre o ex-presidente
Lula, já posto como pré-candidato do PT, Davidson explicou que a decisão
do PCdoB “não quer dizer um enfraquecimento ou arrefecimento do combate
à perseguição ao ex-presidente Lula enfrenta”. Nessa questão, segundo
ele, o Partido continua solidário e permanece com uma atuação
protagonista em defesa do direito da candidatura do petista.
“O PCdoB, diferente de
alguns, nunca vacilou nessa questão, sempre defendeu a integridade
política e moral de Lula, mas, diante das incertezas, é preciso ter
alternativas. Nós estamos solidários a Lula, como sempre estivemos,
desde a luta contra o golpe da presidenta Dilma, diferentemente de
alguns partidos e lideranças que vacilaram nesse processo. O PCdoB
esteve na linha de frente, com a sua bancada e a sua militância”,
afirmou.
Manuela presidenta
Indicada do PCdoB para a
pré-candidatura, Manuela D’Àvila é jornalista e deputada estadual pelo
Rio Grande do Sul, já tendo cumprido dois mandatos como deputada
federal, quando foi líder do PCdoB na Câmara dos Deputados. Davidson
Magalhães elogiou a escolha, principalmente, pelo fato de Manuela ser
jovem e pelo diálogo que possui junto à juventude, que está, nesse
momento, descrente da política.
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