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segunda-feira, 22 de maio de 2017

'Se quiserem, me derrubem', provoca Temer ao reafirmar que não existe chance de renúncia


'Se quiserem, me derrubem', provoca Temer ao reafirmar que não existe chance de renúncia
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Apesar do tom pouco amistoso em seus pronunciamentos, o presidente Michel Temer afirma manter a calma necessária para lidar com a repercussão da delação da JBS. "Mantenho a serenidade, especialmente na medida em que eu disse: eu não vou renunciar. Se quiserem, me derrubem, porque, se eu renuncio, é uma declaração de culpa", ressaltou o peemedebista em entrevista à Folha de S. Paulo. Na ocasião, Temer deixa claro que não vai se afastar do cargo de maneira voluntária e acrescenta que tem demonstrado "com relativo sucesso" que o que o empresário fez foi induzir uma conversa. No entendimento do presidente, também não foi prevaricação ouvir Joesley Batista confessar crimes e não fazer nada. "Você sabe que não? Eu ouço muita gente, e muita gente me diz as maiores bobagens que eu não levo em conta. Confesso que não levei essa bobagem em conta. O objetivo central da conversa não era esse. Ele foi levando a conversa para um ponto, as minhas respostas eram monossilábicas", minimizou o presidente, assim como fez com o fato de o encontro com o empresário, que aconteceu no porão do Palácio do Jaburu, às 23h, sem que Joesley fosse sequer questionado pela segurança da residência, não constar na agenda oficial. O chefe do Executivo afirmou também não saber que Joesley era investigado. No momento do encontro, o empresário era alvo das operações Sepsis, CuiBono? e Greenfield. Quando perguntado se vai aplicar a si a regra que estabeleceu de que um ministro só seria afastado se fosse denunciado, Temer não hesitou em descartar a possibilidade. A justificativa do presidente é de que ele é chefe de um Poder. "Os ministros são agentes do Executivo, de modo que a linha de corte que eu estabeleci para os ministros, por evidente não será a linha de corte para o presidente", pontuou. Temer saiu ainda em defesa do deputado federal Rodrigo Rocha Loures, filmado ao receber R$ 500 mil de forma ilegal do frigorífico. Para o presidente, "tudo foi montado". "O Rodrigo certamente foi induzido, foi seduzido por ofertas mirabolantes e irreais", declarou, acrescentando que o parlamentar é um homem "de muito boa índole". Na última quinta (18), Rocha Loures foi afastado do cargo na Câmara. Antes de retornar ao Congresso para ocupar a vaga de Osmar Serraglio, o deputado foi assessor da vice-presidência quando o cargo ainda era ocupado por Temer.

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