Thiago Braz era cogitado como candidato à medalha no salto com vara. Diante de um pelotão qualificado, com o recordista mundial Renaud Lavillenie como favorito e o americano Sam Kendricks como principal concorrente, o brasileiro estava na briga pelo pódio. Mas o garoto de São Paulo superou as expectativas. Ele conquistou a medalha de ouro com a marca de 6m03cm, batendo o recorde olímpico e garantindo uma vitória inédita para o País na modalidade. Classificado à semifinal com um salto ambicioso, de 5m70cm após ter falhado nas duas primeiras tentativas em alturas menores, no sábado. Nesta segunda, foi ainda melhor: com confiança e apenas duas falhas, Thiago foi marcando os rivais e superando o sarrafo: 5m65cm, 5m75cm, 5m85cm... Kendricks também chegou à mesma marca, enquanto os demais adversários foram ficando para trás. O último a cair — que garantiu a inédita medalha no salto com vara ao Brasil — foi o polonês Piotr Lisek, que não passou de 5m75cm. O bronze já estava garantido, mas Thiago queria mais. E superou sua própria marca para isso. Ele saltou 5m93cm, um centímetro a mais do que o seu recorde pessoal, e garantiu a briga direta pelo ouro com Lavillenie. Kendricks ficou pelo caminho. A disputa estava resumida aos dois. Lavillenie passou com facilidade pelos 5m98cm, e logo tentou 6m03cm. Parecia pouco — o seu recorde, mundial, é de 6m16cm. Mas ele não conseguiu passar. Thiago, por sua vez, falhou na primeira tentativa nos 6m03cm, sem passar pelos 5m98cm. Na segunda, a festa: o brasileiro de 22 saltou com autoridade e grande vantagem, garantindo a marca inédita — apenas o 19º atleta na história a superar seis metros. Lavillenie tentou duas vezes e não conseguiu. Na última, arriscou ainda mais, aumentando a altura para 6m08cm. E falhou. O inacreditável aconteceu, o gigante falhou. E Thiago Braz fez história garantindo o ouro, o recorde olímpico e a festa no Engenhão. (ZH)
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