VIDA+MED DIRETOR PRESIDENTE ORLEANS DANTAS

VIDA+MED DIRETOR PRESIDENTE ORLEANS DANTAS
ITABUNA-BA

sábado, 16 de agosto de 2014

'Batia para educar', diz pai suspeito de matar filho de 2 anos a pancadas

A Polícia Civil de Vinhedo (a 83 km de São Paulo) indiciou o lutador de jiu-jítsu Tiago Ahmar de Moraes, 26, na tarde desta sexta-feira (15) por homicídio qualificado. Ele é suspeito de matar o próprio filho, Yago Vinicius de Moraes, de 2 anos, com golpes de artes marciais. O suspeito deve ficar preso temporariamente por 30 dias.
Ele chegou nesta madrugada a Vinhedo, após se entregar à polícia em Foz do Iguaçu (Paraná) nesta quinta-feira (14).
Antes de prestar depoimento e ser indiciado, o lutador negou ter batido no filho até a morte, mas admitiu que, em alguns momentos, batia para educar. "Não matei meu filho. Eu já bati, mas para educar. A violência tem caráter pedagógico. Estou pagando por um crime que não cometi", disse.
Moraes ainda não tem advogado para representá-lo no caso e depôs sem a presença de um defensor público.
O filho Yago morreu no Hospital de Clínicas da Unicamp no dia 26 de julho, depois de passar uma semana internado em estado grave. Ele apresentava traumatismo craniano e perfurações de órgãos vitais. 
O suposto crime foi descoberto porque os profissionais de saúde de Vinhedo que atenderam o menino desconfiaram da versão dos pais de que ele havia caído enquanto brincava. A médica que denunciou o caso ao Conselho Tutelar também esteve na delegacia nesta sexta-feira.
O suspeito tinha mandado de prisão expedido pela Justiça desde 28 de julho e estava foragido no Paraguai. Segundo a polícia, a família do rapaz ajudou na negociação para que o jovem se entregasse, além disso o suspeito acompanhava o caso pela internet. "Ele foi acompanhando a situação por meio da família e da internet, até que decidiu se entregar", afirmou o chefe da investigação, José Carlos de Moraes.
O promotor Rogerio Sanches, que acompanha o caso, informou que, apesar do indiciamento, o suspeito ainda não será denunciado pelo Ministério Público porque o inquérito não está concluído. "A Polícia Civil avalia a possibilidade de fazer novas oitivas [ouvir mais testemunhas] e também aguarda resultado de exames de perícia. Ele só será denunciado após a conclusão do inquérito", disse.
O prazo para conclusão ou prorrogação do inquérito termina no dia 25 de agosto, enquanto isso o suspeito permanece preso. Caso seja denunciado, julgado e condenado, Moraes pode pegar até 30 anos de prisão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário