101 Assassinatos: Guerra declarada entre Gangues de Itabuna

 

Murilo trabalhava no Banco Raso

O assassinato do adolescente e usuário de drogas Murilo Reis, o Bigode, de 16 anos, na noite de sábado (14) em um local conhecido como Pela Jegue,entre os bairros Sarinha e São Caetano, retrata uma “guerra” declarada entre Gangues rivais do tráfico de drogas em Itabuna. A motivação em muitos dos casos é banal, mata por matar, ou até mesmo uma briga em festas resulta em acertos de contas ao extremo. Segundo pessoas ligadas ao rapaz, ele foi morto pela motivo de trabalhar em um bairro e ser reconhecido como morador de outro.
De acordo com a polícia e a justiça, em diversos casos as mortes em Itabuna, são motivadas por terceiros, na verdade aquele que puxa a arma e atira não sabe nem o motivo pelo qual está assassinando alguém. Em uma entrevista antes de ser transferida para outra cidade, a juíza Antônia Faleiros, afirmava que, “eles nem se conhecem”, pois entre o atirador e a vítima não existe motivação em primeiro grau.
“Bigode” foi a vítima de número 100 em 2013, a ser morto de forma violenta, digo, faca ou tiros. Em 2012, foram 172 homicídios em Itabuna, essa mesma marca já havia sido alcançada no primeiro semestre do ano passado. Apesar da estatisticamente redução dos crimes contra a vida, as autoridades temem o retorno da onda de matar, por matar.
Contenção
Nos bastidores da polícia ocorre uma conversa que não é nada boa para os itabunenses: Contenção de despesas em operações policiais. Segundo as informações, o Governador Jaques Wagner determinou a redução de policiais durante a noite, como, por exemplo, as operações Talismã e Silc (Serviço de Investigação em Local do Crime). O nome dessa ordem é retrocesso.

Fonte: Plantão Itabuna