Traficantes de órgãos torturavam vítimas
Estudos
da área de segurança pública definem "máfia" como uma organização com
estrutura hierárquica definida, múltiplas atividades criminosas e
influência velada sobre o poder público. Treze anos depois das primeiras
denúncias de assassinato de pacientes para tráfico de órgãos humanos em
Poços de Caldas, no Sul de Minas, esse é o tipo de grupo descrito por
promotores e juízes de Belo Horizonte que tomaram a frente das apurações
e das ações judiciais que resultaram delas. Os trabalhos se referem a
uma série de denúncias, encabeçadas por pelo menos oito mortes suspeitas
e transações ilícitas de órgãos por meio de uma lista de receptores
paralela à oficial. Mais impressionante do que os relatos sobre o grupo
de médicos suspeito de deixar pacientes definhar deliberadamente e até
retirar vísceras de vítimas ainda vivas, porém, são relatos de horror
feitos por parentes dessas pessoas.
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