Foto: Jornal Notícias de Ipiaú / Reprodução
A
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas,
instalada na Câmara dos Deputados, ouviu nesta terça-feira (27) uma
vereadora do município de Encruzilhada, no sudoeste baiano, acusada de
tráfico de crianças. Em seu depoimento, Maria Elizabete Abreu Rosa (PRP)
negou envolvimento com a ação criminosa, mas admitiu ter intermediado
três adoções de crianças com o consentimento das mães e sem ter recebido
qualquer benefício. “Não tenho nenhum envolvimento [com doações
ilegais]. Acompanhei três processos de adoção e nunca recebi nada por
isso. Muitas mães que querem doar seus filhos porque não têm como cuidar
deles são minhas amigas e, por isso, me procuram”, explicou Elizabete.
Nesta quarta (28), a comissão deve votar os requerimentos de quebra dos
sigilos fiscal, bancário e telefônico da vereadora. Ela atribuiu as
acusações de tráfico de crianças a divergências políticas locais.
Segundo Maria Elizabete, um vereador que disputava a presidência da
Câmara Municipal forjou uma adoção, com ajuda de uma organização não
governamental, para tentar incriminá-la. “O vereador me acusou por
questões políticas. Ele foi até minha casa, me ofereceu R$ 70 mil para
apoiá-lo na disputa à presidência da Câmara. Mas como sou aliada da
prefeita e não aceitei, ele montou o esquema”, disse Elizabete.
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