Estudantes prejudicados podem entrar na Justiça
Cursar
a faculdade de direito e dedicar o trabalho em prol da população mais
pobre. O sonho do garoto Yuri Marques, 17, aluno do 3º ano do ensino
médio do Colégio Estadual Carneiro Ribeiro Filho, no bairro da
Liberdade, talvez demore a ser concretizado. Caso seja aprovado no
vestibular, terá de recorrer à Justiça para garantir a vaga no ensino
superior. Isso porque, com a continuidade da greve na rede estadual de
ensino, aprovada em assembleia dos docentes na manhã de sexta-feira, 13,
no Centro Administrativo (CAB), as aulas podem se estender até o
período de matrícula das principais faculdades do País. Como é
obrigatória a apresentação do comprovante de conclusão do ensino médio
no momento do cadastro na instituição, o atraso no retorno às aulas vem
preocupando os alunos. “Fico inseguro, pois tenho medo de perder minha
vaga. É meu futuro que está em jogo, não posso vacilar”, disse Yuri. De
acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia
(OAB-BA), Saul Quadros, os alunos aprovados que forem impedidos de se
matricular, por conta da ausência do documento, podem ingressar com um
mandado de segurança. “É fato público e notório que os estudantes estão
tendo grande prejuízo com esta paralisação, portanto, por meio deste
recurso, eles podem garantir a vaga”, afirmou.
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