O Estado do Rio passa desde segunda-feira um pente-fino na vida de 15 mil professores e de seus médicos. O objetivo é encontrar possíveis irregularidades, como apresentação de atestados assinados por um único profissional durante o ano letivo. Atualmente, sete mil docentes estão afastados por causa médica. A Secretaria Estadual de Educação também vai analisar todas as justificativas apresentadas pelos docentes que faltaram nos últimos meses. Em março, 7.871 professores indicaram algum motivo para se ausentar da sala de aula. O número é superior a fevereiro, que registrou 4.676 faltas justificadas. Já os professores que não apresentaram qualquer desculpa somaram 3.798 em março e 2.866 em fevereiro deste ano. Estes já tiveram os dias não trabalhados descontados de seus contracheques. A Secretaria Estadual de Saúde será responsável por analisar os atestados. Não está descartada a convocação do médico para explicar, no Conselho Regional de Medicina (CRM), os motivos para concessão de tantos documentos. Já o professor poderá passar por sindicância para dar esclarecimentos. O mesmo procedimento pode ser adotado para o docente que apresenta sempre a mesma desculpa para faltar. A Secretaria de Educação já avalia caso a caso e quem for pego na mentira pode sofrer descontos no contracheque. Os diretores de escola que forem coniventes com os faltosos também correm risco de sofrer punições.
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