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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quadrilha agia da prisão para mais de 10 estados

Policiais da 13ª DP (Ipanema) desarticularam, nesta segunda-feira, quadrilha especializada no crime de falso sequestro por telefone que agia em mais de 10 estados. Cinco mandados de prisão foram cumpridos na cadeia, pois todos os acusados já estavam atrás das grades cumprindo pena por outros crimes. Três pessoas estão foragidas. O valor do resgate poderia chegar a R$ 20 mil.

A operação Bloqueio 13, batizada assim por causa do congelamento de contas dos criminosos, mostrou que o bando agia de dentro do Presídio Plácido de Sá Carvalho, no Complexo de Bangu, e ligava para outros estados, onde o falso sequestro não é tão conhecido, segundo o delegado Carlos Abreu, da 13ª DP.

As investigações começaram há quatro meses, quando um morador de Copacabana foi vítima do golpe e procurou a delegacia. Policiais acompanharam a entrega do resgate, em uma lixeira nos Arcos da Lapa, e prenderam o encarregado de buscar o dinheiro. A polícia identificou outros membros do grupo.

O esquema era dividido em três etapas. Na primeira, os ‘cabeças’ presos faziam ameaças por telefone. “No segundo escalão, parentes dos presidiários administravam bens e recrutavam pessoas para o terceiro grupo, composto por pessoas que abriam as contas para receber resgates em troca de até 20%”, explicou Carlos Abreu.

O bando atuava no Rio, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Maranhão, Sergipe, Goiás, Mato Grosso e no Distrito Federal.

Chefão dava aulas atrás das grades

Apontado como chefe da quadrilha, Marcos Antônio dos Santos, 37 anos, conhecido como Marcos Negão, era tão especializado no crime do falso sequestro que dava aulas no presídio de como executar o crime. Em escutas telefônicas, chegou a comentar que lucrava R$ 10 mil por dia com a extorsão. Em apenas uma linha telefônica de Negão, foram feitas 977 ligações para extorsão em apenas 15 dias.

Outros 4 mandados também foram cumpridos: Glauco Jendiroba Cruz, um ex-bombeiro também acusado de manter um esquema de agiotagem no presídio; Charly da Conceição, Rodrigo Medeiros e Jorge Luiz Alves.
Aline Cristina dos Nascimento, esposa de Marcos Negão; Daniele Cristina Ferreira e o ex-PM Mauro Wandermurem estão foragidos. No processo, 25 pessoas foram indiciadas, e 15, denunciadas.

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