VIDA+MED DIRETOR PRESIDENTE ORLEANS DANTAS

VIDA+MED DIRETOR PRESIDENTE ORLEANS DANTAS
ITABUNA-BA

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dnit do Estado na mira da Polícia Federal

Alvo de uma série de denúncias que, entre outras consequências, foi uma das causas da queda do ministro Alfredo Nascimento (Transportes) e provocou uma completa reformulação no órgão, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) voltou a ganhar os holofotes de maneira negativa. A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem a Operação Casa 101, com o objetivo de apurar denúncias de desvios de verbas públicas, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro por parte do órgão em Pernambuco. A ação foi realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal e resultou na apreensão de documentos, computadores, notebooks e na condução de seis pessoas para prestar depoimento na sede da PF.
A operação foi deflagrada com base em relatórios da CGU, que realizou auditoria em 32 contratos e apontou irregularidades em três deles, celebrados entre o Dnit e diversas empresas, visando a realização de serviços de pavimentação e manutenção da BR-101 na Região Metropolitana do Recife. Somados, o valor dos três contratos investigados é superior a R$ 370 milhões – sendo que em um deles, firmado em 2005, já há um prejuízo comprovado de R$ 67,1 milhão. De acordo com a avaliação da Controladoria, servidores do Dnit responsáveis pela fiscalização dos contratos foram coniventes com diversas irregularidades como, por exemplo, o fornecimento de mão de obra e material pelas empresas contratadas para a construção da residência de um funcionário do Dnit – daí o nome da operação, Casa 101.

“Havia uma troca de favores escancarada entre empresas e os responsáveis pela fiscalização, a ponto de empresas contratadas para a execução de obras fornecerem mão de obra e material de construção para edificação de casa residencial de um servidor do Dnit”, explicou o superintendente da Polícia Federal no Estado, Marlon Jefferson de Almeida. A PF, por enquanto, optou por não divulgar nomes nem de pessoas nem de empresas envolvidas. “A investigação está focada em quem teve participação na fiscalização e nos contratos irregulares. Até todo o material ser analisado, os nomes de servidores e empresas serão preservados”, ressaltou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário