Polícia diz que oito adolescentes praticavam estupros em MS
Alunos matavam aula para consumir droga e fazer sexo em Campo Grande.
Adultos também serão responsabilizados por vários crimes, diz delegada.
por grupo (Foto: Hélder Rafael/G1 MS)
A Polícia Civil vai encaminhar ao Ministério Público o caso de oito adolescentes que teriam praticado sexo com menores de 14 anos durante encontros em Campo Grande. Segundo a polícia, os jovens matavam aula para consumir drogas e praticar sexo em uma residência no bairro Iraci Coelho. Para os investigadores, há indícios de que cinco rapazes e três moças tenham praticado os estupros. Sexo com menores de 14 anos, mesmo consentido, é considerado estupro, de acordo com o Código Penal.
A informação foi divulgada, na tarde de quinta-feira (25), em entrevista coletiva, por duas delegadas que cuidam do caso. Outro adolescente, que é suspeito de ameaçar a mãe de uma das crianças que frequentou o local, também deve ser apresentado ao MP.
Segundo a polícia, entre as vítimas estão sete meninas e dois meninos com menos de 14 anos de idade. Durante a coletiva foram exibidas camisetas que identificavam o grupo com as inscrições "Experimenta", "Atecubanos" e "Congresso do Bulimento".
“Todos frequentavam a casa por livre e espontânea vontade, eles não eram constrangidos. Os parceiros sexuais eram aleatórios e não havia parceiro fixo”, afirmou a delegada Aline Sinott Lopes, da Delegacia Especializada em Atendimento à Infância e Juventude (Deaij). Ela afirmou que a prática de sexo entre os demais adolescentes maiores de 14 anos não caracteriza infração.
Com base no depoimento de testemunhas, a Polícia Civil apurou que o grupo criado pelos adolescentes surgiu a partir de outro, denominado “Os Atrevidos”. Apesar de ter sido formado dentro de uma escola estadual, o grupo visava desenvolver danças contemporâneas. “Quando o objetivo desse grupo perdeu a conotação inicial, então a escola o dissolveu. Os próprios jovens se desvirtuaram”, disse Aline.
Envolvimento de adultos
O inquérito também investiga a participação de adultos na corrupção de menores. Eles podem ser indiciados ainda por abandono intelectual, abandono de incapaz e venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos.
Fonte:G1
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