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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Crédito

BC: Nordeste lidera expansão do crédito



O Nordeste liderou a expansão do crédito nos últimos 12 meses. Dados regionais do Banco Central mostram que o total de empréstimos naquela região cresceu 29,3% entre os meses de setembro de 2008 e 2009. O ritmo é quase três vezes maior que o visto nos três Estados do Sul, onde os financiamentos avançaram 11,3%. Analistas explicam o desempenho nordestino pelo dinamismo da economia local e a forte atuação das instituições financeiras públicas.



Levantamento do Banco Central revela as regiões mais pobres do Brasil têm liderado a expansão das operações de crédito nos últimos meses. A expansão acontece nas operações para empresas, que têm sido beneficiadas por investimentos públicos e privados, e também entre as famílias, que experimentaram ascensão socioeconômica com formalização do emprego, aumento da renda e acesso aos serviços bancários.



No Nordeste, pessoas físicas e jurídicas tomaram R$ 33,7 bilhões em novos empréstimos nos últimos 12 meses, o que elevou a participação regional no crédito de 11,2% para 12,2%. No mesmo período, regiões mais ricas - como o Sudeste e Sul - perderam parte de suas fatias de mercado. Nos 12 meses, o crédito avançou 19,9% no Norte, 18,7% no Sudeste e 17,4% no Centro-Oeste. A média nacional foi de 18,3%.



"No Nordeste e Norte, empresas continuaram a ter acesso ao crédito, principalmente dos bancos públicos. O comportamento destoou do restante do País. Nas famílias, a renda aumentou e permitiu o endividamento maior", diz o economista da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Jayme Alves. No Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, os desembolsos para o Nordeste saltaram 173% entre o fim de 2008 e novembro de 2009 graças a investimentos em ramos como energia, petróleo e gás.



Na pessoa física, instituições como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste, que têm grande presença na região, ofertaram grandes cifras alinhadas com a estratégia do governo de manter a economia aquecida. Entre os Estados, Pernambuco liderou o aumento do crédito na região com folga: em um ano, a carteira de empréstimos saltou 65,5%. Segundo o BC, o desempenho foi diretamente influenciado por "elevados financiamentos contratados, em julho, por empresas do setor de petróleo, álcool e coque". São Paulo, o mais rico Estado do País, teve um desempenho abaixo da média nacional, com expansão de 14,1% em 12 meses.

Na outra ponta do ranking, o Sul cresceu apenas 11,3% e ficou com a lanterna do ranking do crédito. Jayme Alves, da Febraban, atribui o desempenho à queda da atividade industrial daquela região. Ele explica que parte importante da indústria nessa região é destinada à exportação, como máquinas e equipamentos, segmento duramente afetado pela crise. Também pesou o fato de a região ter forte atividade rural, segmento da economia que teve queda da renda.

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