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sábado, 21 de novembro de 2009

Celso Pitta

Corpo do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta é enterrado


O corpo do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (PTB) foi enterrado por volta das 16h30 deste sábado (21) no cemitério Getsêmani, na capital paulista. Pitta morreu às 23h50 de sexta-feira (20), no Hospital Sírio-Libanês em decorrência de um câncer disseminado no intestino.
O corpo do ex-prefeito foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo até 15h15. Dois filhos de Pitta, Roberta e Vítor, chegaram à Assembleia por volta de 14h45 e acompanharam o fim do velório.
A mãe do ex-prefeito, Zuleica Pitta, de 89 anos, a mulher, Rony Golabek, e uma sobrinha também acompanham o velório. A empresária e a mãe de Pitta se emocionaram quando o caixão foi aberto e colocaram a mão sobre a cabeça do ex-prefeito.
A mãe do ex-prefeito, Zuleica Pitta, de 89 anos, a mulher, Rony Golabek, e uma sobrinha também acompanham o velório. A empresária e a mãe de Pitta se emocionaram quando o caixão foi aberto e colocaram a mão sobre a cabeça do ex-prefeito.
Ex-secretários e ex-prefeito
Alguns ex-secretários de Pitta, entre eles, Fausto Camunha (Esportes), Guto Meinberg (Secretaria de Governo) e Antonio de Freitas (Finanças) estiveram no local.
Meinberg contou que esteve com Pitta há dois dias. Questionado sobre se o ex-prefeito tinha ambições políticas para as próximas eleições, afirmou que Pitta 'queria sossego'. A vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio, e o ex-prefeito de São Paulo Salim Curiati também compareceram ao velório.
Representando o deputado Campos Machado, presidente do PTB em São Paulo, o membro da executiva do partido Antônio Luis Rodrigues afirmou que a morte de PItta é uma grande perda para a legenda. Por meio de nota, Machado, que está no interior do estado, afirmou que o ex-prefeito foi uma 'vítima das trágicas circunstâncias'.

O empresário Naji Nahas compareceu ao velório e disse que o ex-prefeito Celso Pitta foi 'um grande injustiçado'. Os dois foram presos durante a Operação Satiagraha, que investigou crimes financeiros e lavagem de dinheiro. 'É uma tristeza, uma grande perda. (..) Foi vítima da injustiça. A doença é a mágoa', afirmou.
Nahas contou que visitou Pitta quando estava internado e disse que ex-prefeito estava 'esperançoso'.
Tumor
Boletim médico divulgado pelo hospital informou que a doença vinha vinha sendo tratada desde janeiro desse ano, quando foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino.
De acordo com o boletim, Pitta estava internado desde 3 de novembro, acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelos médicos Raul Cutait e Paulo Hoff.
Carreira
Carioca, Pitta estudou economia no Rio de Janeiro e passou por uma temporada de estudos nos Estados Unidos. Em São Paulo, ele trabalhou como diretor financeiro da Eucatex, empresa da família de Paulo Maluf.
Ele deixou a empresa para ser secretário de Finanças na gestão de Maluf, de 1993 a 1996. Como na época ainda não havia a possibilidade da reeleição, o então prefeito lançou Pitta como seu candidato e fez dele seu sucessor. Os dois romperam após a campanha e não voltaram a se reaproximar, segundo a assessoria de Maluf.
Prefeitura
Pitta foi eleito pelo PPB em 1996, com 62,2% dos votos, derrotando a ex-prefeita Luiza Erundina (PT) no segundo turno. Ele esteve à frente da prefeitura até 2000.
O mandato de Pitta foi marcado por suspeitas de corrupção, com denúncias surgindo em março de 2000, principalmente por parte de sua ex-esposa, Nicéia Camargo, de quem se separou ao fim do mandato. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários - entre as denúncias, está o escândalo dos precatórios, pelo qual chegou a ser condenado.
Devido a denúncias, o prefeito teve seu mandato cassado pela Justiça e ficou 18 dias afastado do cargo - de 26 de maio a 13 de junho de 2000. Neste período, assumiu o seu vice, Régis de Oliveira.
Graças a um recurso, Pitta recuperou o mandato. Ao deixar a prefeitura, em 31 de dezembro de 2000, ele era réu em várias ações civis públicas. Candidatou-se a deputado federal em 2002 e 2006, mas não se elegeu.
Após deixar a prefeitura Pitta filiou-se ao PTB e voltou a trabalhar como economista, prestando assessoria a empresas.
Prisões
O ex-prefeito chegou a ser preso em julho do ano passado, durante a Operação Satiagraha, mesma ocasião em que também foram detidos o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas. Para o advogado de Pitta as disputas judiciais contribuíram para agravar a doença do ex-prefeito.
Em novembro de 2008, ele teve a prisão decretada por falta de pagamento da pensão à ex-mulher. Em abril deste ano, ele obteve um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) permitindo que cumprisse prisão domiciliar.
À época, ele afirmou que deixou de pagar a pensão a sua ex-mulher, Nicéia Pitta, devido a perdas de contratos por tido nome envolvido na Operação Satiagraha.



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